24 de maio de 2012

Instrumentos Sagrados





Desde os tempos mais antigos, existem certos instrumentos de trabalho dos sábio que servem como auxiliares para a adoração e os ritos mágicos. Embora algumas ferramentas sejam usadas de forma mais comum que outras, e existam diferentes opiniões com relação a importância de uma sobre a outra, muitas delas sobreviveram as passagens do tempo e são usadas de maneira ativa nos rituais de hoje.

Alguns instrumentos da Bruxa (a vassoura, o caldeirão e o bastão mágico) assumiram papéis importantes no folclore e na mitologia contemporâneos. Graças à popularização das fábulas e ao trabalho dos estúdios Disney, milhões de pessoas sabem hoje que se utilizam caldeirões para preparar poções e para transformar o feio em belo.

A maioria das pessoas, no entanto, ignora a poderosa magia por trás desses instrumentos e seu simbolismo dentro da magia. Para praticar magia, devemos possuir ao menos alguns desses instrumentos. Procure tais tesouros em antiquários, lojas de bugigangas, feiras de trocas e mercados de pulgas. Ou então escreva para fornecedores de artigos para ocultismo. Apesar de difíceis de ser encontrados, qualquer esforço é válido para a obtenção de seus instrumentos rituais.

Tais instrumentos não são necessários para a prática da Bruxaria. Ainda assim, eles enriquecem os rituais e simbolizam energias complexas. Os instrumentos não possuem poderes outros que não os que nós mesmos lhes conferimos.

Alguns dizem que devemos utilizar instrumentos mágicos até que não sejam mais necessários. Talvez seja melhor usá-los enquanto nos sentimos confortáveis com isso.

Os instrumentos mais utilizados pelas bruxas são:

Atame




O atame é uma adaga, obrigatoriamente de cabo preto, usada em algumas linhas de bruxaria. Ele é utilizado para lançar o círculo mágico, para traçar emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.

As origens da palavra atame foram perdidas na história. Alguns dizem que possa ter vindo de 'A Chave de Salomão' (1572) que se refere à faca como arthana, enquanto outros afirmam que atame vem da palavra árabe al-adhamme ("letra de sangue"), que se refere a uma faca sagrada usada na tradição mourisca. Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 a.c. que mostra duas bruxas nuas tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.

O Atame atualmente também é utilizado para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade. As(os) bruxas(os) só usam seus Atames em rituais e feitiços , mas outros acreditam que, quanto mais for usado o Atame (mesmo em situações cotidianas), mais poderosa ela se torna.

Em uma joia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.

Uma xilogravura que ilustra a história de Gentibus Septenbrionalibus de Olaus Magnus, publicada em Roma em 1555, mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um atame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra.

O atame também é usado na confecção de varinhas . Para isso, é necessário uma adaga cabo branco. Esse costume era muito usado na antiga cultura celta. As varinhas também são usadas para se direcionar a magia com mais precisão.

Bastão


Um bastão é um objeto fino feito de madeira, de um ramo de carvalho, com aproximadamente 50 cm de comprimento. Representa o elemento fogo, simboliza a força, a vontade, e o poder mágico de um bruxo. É mais comumente chamado de varinha, que também pode ser feita de outros tipos de madeira, dependendo de como e para que vai ser utilizada. pode servir para centralizar a energia em rituais, consagrar objetos, traçar o círculo mágico, etc.

A vareta (também conhecida como Bastão de Fogo) é um bastão fino de madeira, feito de um galho de árvore. Representa o antigo e místico elemento fogo, é símbolo de força, de vontade, e de poder mágico do bruxo que o possui. A vareta de acordo com vários compêndios de magia deve ter aproximadamente 50 cm de comprimento. É usada para invocar as salamandras (elementares do fogo) em determinados tipos de rituais, traçar círculos, desenhar símbolos mágicos, direcionar a energia e mexer bebidas no caldeirão. Varetas de freixo são usadas em ritos de cura, as de sabugueiro para consagração e banimentos, as de acácia e aveleira para todos os tipos de magia "branca". As de carvalho servem para magia druídica e solar. Em magias lunares para invocar a Deusa, magia de desejo e ritos de cura usa varetas de salgueiro e sorveira.


Cálice

O cálice (também conhecido como cálice sagrado , taça ou vaso sagrado), originária do latim calix, é um recipiente destinado a conter líquidos. Representa o elemento água, sendo usado no altar durante os rituais religiosos.

Na Bruxaria, o cálice representa o sagrado feminino o útero, o oposto do athame que representa o falo. O cálice serve para fazer oferendas líquidas.


Pentáculo

Pentáculo , também conhecido como pentagrama é um símbolo há muito tempo associado à Magia e ao Ocultismo, ocupando papel de destaque na Wicca, ou Bruxaria Moderna.

Suas origens se perdem na noite dos tempos, mas podemos encontrar Pentagramas (uma estrela de cinco pontas rodeada por um círculo) na decoração de objetos da Suméria e também na escrita hieroglífica do Antigo Egito. O Pentagrama figura fortemente também nas tradições hebraicas.

A Wicca possui uma forte influência de elementos da Religião Celta, mas curiosamente o Pentagrama - praticamente o "Crachá" que identifica o Wiccano - não é originalmente um símbolo celta. Na verdade, o Pentagrama já vinha sendo utilizado como símbolo de poder mágico por muitas outras tradições anteriores à Wicca.

Encontramos o Pentagrama na Magia Cerimonial, em Thelema e muitas outras. Ocultistas como Eliphas Lévi e Papus desenvolveram o tema do Pentagrama e seu uso mágico em suas obras. De modo bastante interessante, algumas igrejas templárias em Portugal possuem vitrais na forma de Pentagramas.

Essa ordem de monges guerreiros, tão importante na história do ocidente, ficou famosa por suas inúmeras associações com o ocultismo, a ponto de serem vitimados pela Inquisição. A presença do Pentagrama em suas construções parece confirmar seu aspecto herético e ocultista. Alguns autores apresentam o Pentagrama como "Selo de Salomão," o sábio Rei Hebreu responsável pela construção de um dos mais maravilhosos templos já criados pela Humanidade. Os Templários receberam seu nome justamente por se instalarem nas ruínas do templo de Salomão durante o período em que permaneceram em Jerusalém.

Os significados do Pentagrama são muitos, dependendo da tradição:

  • Pode simbolizar a união dos Quatro Elementos (Terra, Água, Fogo e Ar) ao Quinto Elemento, a Quintessência, ou Princípio Vital; 
  • Simbolizaria também o ser humano, com os dois pés (as pontas inferiores) plantados no solo, os braços abertos em louvor (as pontas intermediárias) e a cabeça voltada ao céu (a ponta superior). 
  • É utilizado como símbolo iniciático em algumas tradições Wiccanas (como a Gardneriana, por exemplo). 

Algumas tradições diferenciam o Pentagrama com a ponta solitária voltada para cima como sendo positivo, enquanto que a com a ponta para baixo é vista como negativa. Outras tradições não fazem essa diferenciação, aceitando o seu uso de qualquer dos modos.

No Tarot, o naipe Ouros é conhecido em inglês como "Pentacles" ("Pentáculos") uma clara alusão a sua associação ao Elemento Terra.

Neste caso, o Pentagrama simboliza todos os atributos do Elemento Terra, ou seja, a riqueza, o mundo material, o corpo físico. Como vimos acima, o Pentáculo pode ser facilmente identificado com o corpo humano.

Esta leitura simbólica torna fácil a associação do Pentagrama com Leonardo da Vinci que, ao propor seu estudo das proporções humanas, o faz inserindo um homem dentro de uma figura circular, criando assim um pentagrama perfeito.

Também na radiestesia vemos a utilização do pentagrama. Entre os radiestesistas, ele é utilizado como gráfico de proteção e limpeza.

Assim, podemos perceber que o Pentagrama é um poderoso símbolo, associado desde as mais remotas eras à Magia e ao Ocultismo. Apesar de não ser um símbolo Celta, foi amplamente adotado pela Wicca, desde o seu surgimento, na década de 1950, e hoje identifica muitos dos seguidores dessa corrente neo-pagã.


Caldeirão

Para os Wiccanos, o caldeirão representa o útero da Grande Mãe, onde tudo se transforma e de onde tudo nasce. O caldeirão simboliza toda a Natureza e a Grande Mãe. É o princípio feminino representado por um recipiente; seus três pés, refletem os aspectos da Donzela, da Mãe e da Senhora, da Deusa. Os quatro elementos estão intimamente relacionados ao caldeirão também, afinal precisamos do fogo para aquecer, da água para esfriar, das ervas da terra para cozinhar e de seu vapor perfumado que fica no ar.

Suas utilizações vão desde para a preparação de uma poção, passando por um ótimo ornamento para rituais de infinitas festividades até como instrumento de divinação. (Muitos Bruxos enchem seu caldeirão com água na noite de Samhain e os utilizam como espelho mágico para olhar o futuro ou o passado. No sabbat Beltane, muitas tradições o utilizam para queimar papeis com pedidos, agradecimentos e orações.

Nas tradições modernas ele também é muito utilizado como um lugar seguro para a construção de um fogo ritual em lugares fechados.

Facilmente encontrado em lojas de panelas de barro e ferro, esse instrumento geralmente preto de ferro fundido, e com três pés, vem sendo utilizado pelos pagãos por séculos, seu uso prático, foi uma grande evolução para a humanidade. O caldeirão de metal tornou-se bem mais eficiente que a panela de barro para esquentar e conservar o calor dos alimentos, além de preparar água quente para os banhos, preparar melhor os alimentos e fazer remédios com ervas. Dessa forma, o caldeirão se tornou um instrumento de Magia intimamente relacionado às mulheres.

Vassoura

Beson (Vassoura feita com ramos de arvores)

O Beson é uma vassoura que é tradicionalmente feita com seis madeiras diferentes: vidoeiro, salgueiro, giesta, nogueira, sorveira e o espinheiro. Ela pode ser usada para simbolicamente limpar o local do ritual, e nos tempos antigos era cavalgada, como em uma montaria de cavalo pelos campos, enquanto o cavaleiro pulava para mostrar às plantações a que altura elas deveriam crescer, em rito de magia solitárias.

Esse uso do beson pode ser o que deu início à visão das bruxas voando pelas noites, com uma perna de cada lado de suas vassouras. Aquelas que voavam mais alto daviam mostrar sua silhueta contra a lua, como algo que nos faz lembrar o cartazes decorativos que são comuns quando o Halloween se aproxima.

Incenso

Os incensos e as velas são elementos que levam nossas mensagens e pedidos aos céus, aos elementais do ar e ao plano espiritual. São usados e difundidos através de várias religiões que os usam para purificar ambientes e eliminar energias nocivas que podem estar rodeando uma pessoa ou lugar. Os incensos têm como objetivo, energizar e transmutar as energias dos ambientes e das pessoas. Funcionam como purificadores e condutores de vibrações, sejam das pessoas ou dos locais. Perfumam os ambientes e renovam a carga energética estagnada e/ou negativa, não havendo qualquer contra-indicação, exceto para os alérgicos aos aromas, é claro. 

Seu campo de atuação não se restringe apenas aos inanimados, ativando também nossa sensibilidade. Existe um tipo e uma essência específica a ser utilizada para cada necessidade. Acenda um em cada ambiente de sua casa, sempre que sua intuição recomendar.

Usados de maneira correta, criam uma atmosfera no ambiente, de energia, equilíbrio e harmonia, que ajuda o ser humano a sintonizar mais facilmente com os planos superiores.

O efeito protetor de um incenso dura de quatro a doze horas. Após este período, ele perde seu efeito. São encontrados em diversas formas e para cada uso, existe um tipo específico e uma essência a ser utilizada: em pastilhas, palitos, pó, e outras formas existentes no mercado. 

Livro das Sombras


Um Livro das Sombras é um diário usado por praticantes de magia ritual para registrar rituais , feitiços , e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Tanto praticantes individuais quanto covens mantêm esse tipo de Livro. Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos de realização de rituais, contos sobre a mitologia, enfim. Tudo relacionado à Wicca e à Bruxaria.

Em algumas Tradições Wiccanas (por exemplo a Gardneriana), o Livro das Sombras é um texto contendo os rituais, práticas e a sabedoria daquela Tradição. É normalmente copiado à mão pelo praticante, a partir da cópia de seu(sua) iniciador(a). O material da Tradição não pode ser mudado, apesar de que algumas adições possam ser feitas. Alguns Wiccanos mantêm ainda um Livro das Sombras pessoal, além daquele de sua Tradição. 

O Livro das Sombras recebe esse nome porque seu conteúdo deve ser mantido a sombras das realidades desse mundo. É tradicionalmente de capa preta com um pentagrama prata ou dourado na capa, mas outras cores como verde, marrom e azul marinho podem ser utilizadas e outros símbolos cravados.

Ao contrario de que encontramos muito por ai, o nome sombras não se originou na inquisição,o conceito refere-se a tudo que está oculto de nós mesmos, ou aquilo que não aceitamos em nós, nesse sentido, o seu livro é um excelente instrumento de auto conhecimento, podendo e devendo funcionar também como diário de suas emoções; tudo o que lhe aconteceu no seu passado e tudo o que você está passando agora pode ser relatado em seu livro pois a magia não está restrita a seus rituais, toda a sua vida é mágica!

E são justamente essas as vivências que fizeram com que você se identificasse com a Bruxaria. É essa sensibilidade que muitas vezes fez com que se sentisse excluído de muitos contextos que faz agora com que você se sinta fazendo parte.

Boline

A faca de cabo branco (por vezes chamada de Boline) é simplesmente uma faca prática, de trabalho, ao contrário da puramente ritualística faca mágica. É utilizada para cortar galhos ou ervas sagradas, inscrever símbolos em velas ou na madeira, cera ou argila, e para cortar cordas a serem utilizadas em magia. Normalmente possui cabo branco para distingui-la da faca mágica. Algumas tradições Wiccanas rezam que a faca de cabo branco seja utilizada apenas dentro do círculo mágico. Isto, obviamente, limitaria sua utilidade. A mim parece que utilizá-la apenas para fins rituais (como colher flores no jardim para serem colocadas no altar durante rituais) confirma o aspecto sagrado desse instrumento e permite, assim, que seja utilizado fora do "espaço sagrado".

Pentagrama

Pentagrama é o nome dado a uma estrela composta de cinco retas e que possui cinco pontas. Seu nome deriva do Grego Antigo πεντάγραμμος. Encontramos seu nome de diversas formas, Pentagrama esotérico, pentalfa Gnóstica, estrela Flamíngera ou somente pentagrama, entre outros. Originalmente, era o símbolo da Deusa romana Vênus, depois foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo pode ser encontrado na natureza, como a forma com que o planeta Vênus, faz durante a aparente retroação de sua órbita. 

Trata-se de um dos símbolos pagãos mais utilizados na Magia, pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente. 

O Pentagrama sempre foi símbolo de vivo interesse e muito utilizado ao longo da história como símbolo de poder mágico foi muito utilizado pelos egípcios, altamente considerado pelos druidas sob a forma de uma estrela regular de cinco pontas chamadas "pé dos druidas". Para Pitágoras, o Pentagrama era o símbolo do himeneu celeste: a fusão da alma com o Espírito. Para os cristãos, o pentagrama, simbolizava Cristo, uma designação do começo e do fim. Os Alquimistas recorriam à estrela como sinal da Quinta Essência, o quinto elemento, o éter-fogo, ou ainda, o espírito santo. Enfim, foi usado por diversas culturas e religiões, mas seu surgimento foi perdido no tempo.

Além dos cinco elementos, o Pentagrama representa os cinco estágios cíclicos da vida do homem:
-Nascimento
-Infância
-Maturidade
-Velhice
-Morte

Cada uma de suas pontas possui um significado particular:

Ponta 1 - Espírito - Representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.

Ponta 2 - Terra - Representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.

Ponta 3 - Ar - Representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.

Ponta 4 - Fogo - Representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde a mudança, as transformações. É a força da ativação e da agilidade.

Ponta 5 - Água - Representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade.

Para os Bruxos, o Pentagrama é usado para representar a fé e para se reconcerem, o símbolo é tão importante para os Bruxos tão quanto uma cruz é para um cristão, ou como um selo de Salomão é importante para um Judeu. 

Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

Pêndulo

Os pêndulos apareceram inicialmente na Roma Antiga como um instrumento para determinar o resultado das guerras. É um instrumento radiestésico que tem como finalidade fazer com que certas vibrações universais sejam recebidas pelo inconsciente de quem o está manipulando.

Fisicamente, o pêndulo é um peso na ponta de um fio ou cabo flexível e resistente, podendo ser encontrado em diversos materias (madeira, cristal, pedra, metal etc.). Também pode ter várias formas. 

O uso do pêndulo é bastante simples, pois ele responde basicamente "sim" e "não". A complexidade de suas respostas depende apenas da pergunta feita pelo operador.

Você pode comprar ou fazer o seu pêndulo. Pêndulos de diversas formas e materiais são encontrados aos montes em qualquer loja esotérica. Escolha o que mais lhe agradar; acredite na teoria de que os instrumentos é que escolhem a gente, e não ao contrário.

No entanto, você pode fazer o seu próprio pêndulo, o que vai agregar mais energia sua a ele do que a um comprado, mas isso é muito relativo. Muitas vezes achamos um que seja exatamente como queríamos em uma loja, e será especial de qualquer forma. 

Métodos de limpeza do pêndulo: 
Ao adquirir qualquer instrumento mágico, a primeira coisa a se fazer é limpá-lo não só fisicamente, como também energeticamente. Com o pêndulo não é diferente. Isso porque o pêndulo passou por diversas mãos até chegar em você, e entrou em contato com muitas energias diferentes. Limpando-o, você apagará essa confusão de energias e ele estará pronto para ser consagrado como seu.

Uma seqüência de limpeza para o seu pêndulo:

Água: Em primeiro lugar, limpe o seu pêndulo fisicamente, usando sabão líquido e água. Enxague-o em água corrente (pode ser a de qualquer torneira - nesses tempos tão civilizados, infelizmente para alguns é a única maneira), visualizando toda a sujeira (física e energética) indo, literalmente, por água abaixo.

Descanso: Coloque o seu pêndulo em um recipiente com água e sal, descansando durante um dia inteiro e uma noite inteira, tomando banho de sol e de lua. Você pode deixá-lo no seu quintal ou na janela do seu quarto. É importante ver de que material é o seu pêndulo antes de realizar esta etapa. Se ele for de metal, provavelmente enferrujará ao colocá-lo na água por tanto tempo; prefira deixar o recipiente vazio. Se for de madeira, é aconselhável enterrá-lo na terra, de preferência uma terra fértil, com plantas.

Finalização: Após realizar essas etapas anteriores, lave novamente o pêndulo como na primeira vez, sabendo desta vez que ele já está limpo e pronto para ser consagrado e utilizado por você somente.

Ao limpar seu pêndulo, é importante que você esteja concentrado(a) no que está fazendo, senão não surtirá nenhum efeito.

Velas

Desde os primórdios da humanidade, as velas, eram utilizadas para iluminação, devoção e conforto. No início de tudo a aproximadamente 50.000 anos segundo algumas pinturas encontradas em cavernas as velas já eram utilizadas mas um pouco diferente daquilo que conhecemos hoje, criada principalmente para funcionar como fonte de luz duradoura, eram usados recipientes da época com gordura animal, tendo como pavio algumas fibras vegetais.

Foram descobertas por arqueólogos velas em formato de bastão no Egito e na Grécia em formato de bastão, estas foram descobertas por arqueólogos e datam aproximadamente serem do ano 3.000 a.C.. E alguns estudiosos afirmam que na Grécia elas eram utilizadas em comemorações feitas a Ártemis, a Deusa da Caça, reverenciada no 6° dia de cada mês, e com elas representavam a luz do luar.

De lá para cá, as velas sempre foram utilizadas como fonte de luz, e hoje são usadas como artigos de decoração ou como acessórios em cerimônias religiosas e comemorativas. Há vários tipos de velas, produzidas em uma ampla variedade de cores, formas e tamanhos, mas, quando mencionamos velas artesanais, nos referimos àquelas feitas manualmente, onde é possível encontrar modelos pouco convencionais, usados para diferentes finalidades, tais como: decoração de interiores, purificação do ambiente, manipulação da energia com base em suas cores e essências e etc.

A Vela na Magia
Em função da importância na vida diária, as velas acabaram rodeadas de mitos e lendas. Através dos tempos ela foi se transformando num símbolo de iluminação, sabedoria, conhecimento e elo de ligação com a Divindade, enquanto a escuridão simbolizava as trevas, a ignorância e a falta de clareza. 

Acender velas é uma das mais antigas e mais usadas artes mágicas. A maioria das pessoas, em alguma ocasião já praticou a magia das velas. Até num singelo ato de apagar velinhas de um bolo de aniversário e fazer um pedido.

A magia com velas é uma arte complexa, e vários bons livros foram escritos sobre o assunto. Entretanto, apresentamos aqui as bases, uma vez que elas podem ser incorporadas a outras formas de magia. É também um método bem prático.

A magia com velas acesas funciona com o auxílio do fogo ( O fogo é o símbolo do plano mental e da atividade, e através de seus elementais da natureza, as Salamandras, tem o poder alquímico de transmutação e transformação de energia), das cores (a vela em si) e outros itens que deseje utilizar. É habitual utilizar ervas em conjunto com a magia de velas, pois são um reservatório de energia por si só.

A Vela Ideal
Como já dito antes existem velas de diversos tamanhos, formas e desenhos; com uma visita a uma boa loja de velas comprovará. Entretanto, quando as velas se destinam à magia, as variações decuplicam. Há velas com figuras, em formato de crânios, de múmias, até mesmo velas do "demônio" e em crucifixo!

Existem velas de todas as cores, desde o mais puro branco até o mais rico preto, em tamanhos que vão desde um palito de dentes até monstruosas velas de um metro.
Todas são belas, todas são caras e todas são desnecessárias. Velas simples - disponíveis em supermercados e lojas - são ideais para o uso. 

Em termos de magia, velas de cera de abelha são as mais indicadas, pelo simbolismo da abelha e pelo fato de serem produtos naturais. Infelizmente, velas de cera de abelha são inacreditavelmente caras e, a não ser que possua colmeias e habilidades para confeccionar velas, as velas normais servem.

Como cada cor tem atributos diferentes, será necessário adequar a vela à sua necessidade. Há dois métodos a serem seguidos. Associe a necessidade a um dos elementos e utilize a cor daquele elemento.
De qualquer modo, certifique-se de que suas velas não possuem lascas ou estejam quebradas - isto destrói o poder das velas.
Ao comprar velas para uso em magia, tente mantê-las num local especial onde não sejam manuseadas.

Corda da Bruxa

Trançar uma Corda de Bruxa (Witch's Cord) é um ato tradicional na noite do Samhain. Elas simbolizam o cordão que liga todos nós ao Outro Mundo, além de serem uma representação simbólica do cordão umbilical que traz todos à vida terrestre.

A Corda de Bruxa é confeccionada utilizando cores apropriadas que simbolizem aquilo que você quer atrair para sua vida no ano mágico que se inicia. Por isso escolher a cor correta para confeccionar sua Corda de Bruxa é essencial:

  • Branco: Para harmonia. 
  • Vermelho: Para afastar os inimigos, vencer os obstáculos, atrair garra e coragem. 
  • Laranja: Para sucesso e prosperidade. 
  • Rosa: Para atrair amor. 
  • Preto: Para proteção e afastar o azar. 
  • Verde: Para abundância. 
  • Amarelo: Para atrair saúde e ter sorte no comércio. 

Caso sua necessidade seja maior do que apenas uma cor pode lhe oferecer, você poderá escolher até três cores diferentes que representem os seus desejos para o próximo ano.

Pegue três barbantes na cor ou cores escolhidas e corte-os na medida de sua altura. Então comece a trançar os barbantes, sempre mentalizando aquilo que você quer atrair para a sua vida, pedindo que a Deusa e que o Deus lhe auxiliem e abençoem a corda que você está trançando.

Quando tiver terminado, costure ou cole alguns símbolos no decorrer da corda que representem o seu objetivo. Por exemplo: corações para amor; moedas para prosperidade, etc.

Coloque a sua Corda sobre o seu Altar durante a celebração do Sabbat e consagre-a durante a cerimônia.

Pendure a sua Corda de Bruxa em um lugar de sua casa e, sempre que visualizá-la, lembre-se dos objetivos que o motivaram a confeccioná-la. Assim sua vontade será ativada.

Cornucópia

Do latim cornu copiae ou "corno da abundância", de cornu ou "chifre" e copiae ou "abundância, muitos recursos, posses".

É um símbolo representativo de fertilidade , riqueza e abundância . Na mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre , com uma abundância de frutas e flores se espalhando dele. Hoje, simboliza a agricultura e o comércio. Na culinária , designa um bolo pequeno feito em geral com massa folhada, em forma de cone e recheado com creme.

A versão principal da origem da cornucópia é semelhante tanto na mitologia grega quanto na mitologia romana na qual o rei dos deuses, depois de ter acidentalmente quebrado o chifre do bode místico em um jogo, prometeu que o chifre nunca iria esvaziar os frutos de seu desejo. O chifre foi, posteriormente, entregue para os cuidados de Abundantia.

Em outra versão mitologia greco-romana o seu significado provém da cabra Amaltéia que amamentou Zeus/ Júpiter enquanto bebé.

Como Instrumento Religioso
O próprio chifre é um símbolo fálico , representante do sagrado masculino . E, como a cornucópia remete a um chifre, é uma das representações mais utilizadas do Deus Cornífero nas religiões pagãs e neopagãs .

Entretanto, o seu interior simboliza o útero - representado assim a Deusa -, que quando cheio de alimentos simboliza a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.

A cornucópia é o símbolo mais utilizado para representar o equinócio de outono (no sabá Mabon), onde é cheio de frutas, grãos, moedas, folhas, castanhas, cartas de tarô , e diversos outros símbolos da fartura e do paganismo, de forma que eles sejam derramados sobre o altar.

Bola de Cristal

Cristais de quartzo são extremamente populares hoje, mas a bola de cristal de quartzo é um antigo instrumento mágico. É extraordinariamente caro, variando de vinte a milhares de dólares, dependendo do tamanho. A maioria das bolas de cristal no mercado atualmente são de vidro, vidro temperado ou mesmo plástico. Bolas de cristal de quartzo genuínas podem ser identificadas por seu alto preço e por incrustações ou irregularidades.

O cristal vem há muito sendo utilizado na adivinhação contemplativa. O adivinho encara fixamente a bola até aflorarem as suas faculdades psíquicas, e imagens, vistas mentalmente ou projetadas no interior do cristal, revelam a informação necessária. Em rituais de Wicca, os cristais são por vezes posicionados no altar para representar a Deusa. Sua forma (esférica) simboliza a Deusa, assim como todos os círculos e circunferências, e sua temperatura fria (outro modo de detectar cristal genuíno) simboliza as profundezas do mar, o domínio da Deusa.

Assim, o cristal pode também ser utilizado para receber mensagens dos Deuses, ou para armazenar a energia gerada no ritual. Alguns Wiccanos olham fixamente para o cristal para atrair imagens da Deusa ou de vidas passadas. É um objeto mágico tocado pelo divino. Se encontrar uma, guarde-a com cuidado.

Sua exposição periódica à luz da lua, ou o ato de esfregar artemísia fresca em sua superfície, aumentará sua habilidade de ativar nossos poderes psíquicos. Bolas de cristal podem ser o centro de rituais da Lua Cheia.

Espelho Mágico

A pergunta da rainha das feiticeiras a seu espelho mágico no antigo conto de fadas, hoje conhecido como "Branca de Neve", é um eco de práticas tão velhas quando o próprio tempo. Como muitos dos instrumentos de magia, o espelho é um objeto inspirado na Natureza. Os primeiros espelhos eram os lagos. 

Num dia tranqüilo, quando as águas não formam ondas, pode-se observar um reflexo bastante detalhado. Na tentativa de capturar esse fenômeno, poliam-se pedras e metais até que, por fim, produziu-se o vidro que, quando revestido em um dos lados com uma fina camada de prata, produzia uma superfície reflexiva perfeita - um lago perfeitamente cristalino, "congelado" para ser usado quando desejado. 

Espelhos (e superfícies reflexivas) há muito dominam nossa imaginação. Há diversas referências a espelhos no folclore, assim como na magia, se bem que tais práticas estão quase que esquecidas hoje.

O simbolismo do espelho é simples e ao mesmo tempo complexo. É considerado sagrado à lua, pois, como a lua reflete a luz do sol, o espelho é um objeto reflexivo. Sendo um símbolo lunar, os espelhos utilizados em magia são geralmente de forma redonda. Além disso, os espelhos nos permitem ver coisas que não poderíamos ver sem sua ajuda - não apenas as coisas físicas, mas também coisas mais elevadas, como as memórias de vidas passadas, visões do futuro, ou de eventos ocorrendo simultaneamente em outros locais.

A magia com espelhos provavelmente teve seu apogeu durante a Grécia Clássica e em Roma. Espelhos polidos de bronze eram utilizados em rituais de magia e cosméticos. A maioria desses espelhos era pequena e usada com as mãos. Uma antiga técnica para induzir clarividência é refletir a luz de uma fogueira na lâmina brilhante de uma espada ou faca; o reflexo assim apanhado causava visões a quem nela se concentrava. Esta é apenas mais uma forma de magia com espelhos metálicos. Apesar de práticas como essa ainda serem utilizadas, a maioria das práticas de magia com espelhos atualmente é feita com espelhos de vidro. 

Espelhos antigos não são necessariamente melhores, pois tendem a possuir imperfeições (como a perda da folha de prata), o que pode interferir. Muitas vidraçarias cortam espelhos sob medida, portanto não é impossível obter aqueles redondos. 

Para rituais rápidos, pode-se até mesmo utilizar um espelho de bolso, se bem que isso é muito mais fácil para mulheres. Muitos encantamentos foram lançados enquanto uma mulher fingia retocar sua maquiagem. Lembre-se sempre de que o espelho é uma simples ferramenta, um elo com a lua, com seu subconsciente, e por fim com a própria Natureza. A magia costuma ser espontânea, e você deve estar preparado praticamente para tudo. 

Utilize um Espelho Mágico 
Obtenha um espelho redondo com diâmetro entre 35 cm e 70 cm. De preferência, deve estar acoplado a uma moldura também redonda, pintada de preto, mas isso não é fundamental. 

Após obtê-lo, leve-o para casa e lave-o cuidadosamente com água. Se desejar, lave a seguir com uma infusão de artemísia, uma colher de chá para cada xícara de água. Deixe esfriar antes de usar. Quando o espelho estiver seco, cubra sua face com um pano preto e deixe-o onde não seja tocado, até a lua cheia. Nessa noite, exponha o espelho aos raios da lua de preferência ao ar livre - pode ser pela janela, se necessário. Carregue o espelho mágico com o luar e diga as palavras abaixo ou semelhantes:

SENHORA DA LUA, 
VOCÊ QUE A TUDO VÊ E TUDO SABE, 
EU CONSAGRO ESTE ESPELHO COM SEUS RAIOS BRILHANTES 
PARA QUE ILUMINE MINHA MAGIA E MINHA VIDA.

Traga o para dentro e pendure-o na parede leste de seu quarto, ou na sala onde pratique magia. Mantenha-o coberto quando não estiver sendo utilizado. Exponha o espelho à lua ao menos três vezes por ano. Quando estiver empoeirado (se ficar), lave-o com uma infusão de Artemísia ou água limpa. Nunca utilize sprays à base de amônia para limpar seu espelho, pois a amônia destrói qualquer magia! Se desejar, pode utilizar um tipo "psíquico" de óleo (como de cravo ou de noz-moscada) para desenhar um crescente na parte de trás, marcando-o assim com o símbolo da lua. Nunca use o espelho para outras coisas que não a magia. Reserve outro espelho para uso rotineiro. 

Magnetizando seu espelho
O espelho que você usa pode ser magnetizado amorosamente. Numa noite de Lua Cheia, volte-o em sua direção. Escolha um ângulo que permita refletir também a Lua. Esfregue então um pouco de essência de verbena, rosa ou amor-perfeito. Pronto, seu "espelho mágico" está magnetizado. Afinal, todos os dias você vai se olhar nele e, quanto mais encantado melhor.


Turíbulo

O Turíbulo ou incensório é colocado sobre o altar como um símbolo do ar. O incenso é queimado no turíbulo durante os rituais. Várias fragrâncias podem ser usadas para homenagear as Divindades, para refletir o período do ano, para a celebração de um tipo de rito particular, ou para purificar o círculo com o elemento do ar e prestar homenagem ao seu reino elemental.




Fonte:http://www.adeptus.xpg.com.br/instrumentos.html

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