4 de novembro de 2013

Runas - A Divisão em Ættir


Ætt (singular de Ættir) significa em norueguês arcaico “família, tribo ou clã”. Esse termo foi usado para criar um código numérico usado na divisão das runas em subgrupos de oito caracteres, chamados Ættir.

O Futhark Antigo é formado por três Ættir, cada um tendo certas características comuns e sendo regido por um deus e uma deusa. Já o Futhork Anglo-saxão (de 29 caracteres) tem um grupo suplementar formado por cinco runas, enquanto o Futhork de Northumbria (de 33 caracteres) é constituído de quatro Ættir, mais uma runa central.

O sistema mais conhecido, estudado e utilizado é o Futhark antigo, constituído de 24 runas, cuja estrutura básica será analisada em seguida.

Cada uma dessas runas tem uma simbologia própria. Essas simbologias estão interligadas, porém, em diferentes níveis de interpretação (horizontal, vertical, numérico e mitológico). Seu código numérico é binário, representando o
número do Ætt e a numeração da runa na sequência do Futhark; a contagem é feita da esquerda para a direita. Cada Ætt é regido por um casal de divindades e leva seu nome.

O primeiro Ætt, regido por Frey e Freyja (deuses da fertilidade), governa os assuntos materiais e define as qualidades que o iniciado deve adquirir, como energia, tenacidade, ação, comunicação e inspiração, força de vontade, conhecimento, generosidade e companheirismo.

O segundo Ætt, regido por Heimdall e Mordgud (deuses guardiães), governa os assuntos emocionais e é subdividido em duas metades: a primeira descreve a superação de obstáculos, objetivos e a colheita dos resultados, enquanto que a segunda define os conflitos subjetivos e os caminhos para o sucesso.

O terceiro Ætt, regido por Tyr e Ziza (divindades arcaicas), rege os aspectos mentais e espirituais e mostra os níveis nos quais o iniciado deve trabalhar para tornar-se auto-suficiente
e alcançar a iluminação.

A seqüência das runas no Futhark Antigo representa um desenvolvimento progressivo e coerente; cada runa pode atuar em todos os níveis. As runas se entrelaçam e criam uma intricada e complexa teia de imagens, símbolos, significados, sons, números, cores, formas e alusões míticas.
[...]
À medida que o buscador estudar e assimilar os atributos e qualidades das runas, elas vão lhe abrir portais novos para os mistérios dos Nove Mundos e para os níveis arquetípicos do seu próprio consciente, subconsciente e supraconsciente. Ao “despertarem” sua consciência espiritual, elas poderão ser meios valiosos de cura do corpo, da mente e do espírito, contribuindo, dessa maneira, para a integração do Ser.

O estudo e as práticas rúnicas expandem e iluminam nossa mente e nossa consciência, clareiam a percepção, aumentam nossa sabedoria e nos proporcionam os meios para atrair bem-estar, saúde, energia e prosperidade.

É com essa intenção e visão que coloco à disposição dos buscadores o estudo a seguir, com a permissão e a bênção das Divindades e com a certeza de que ele será recebido e utilizado com respeito, honestidade, lealdade, prudência, sabedoria e gratidão. 

(Trecho do livro Mistérios Nórdicos -- Mirella Faur - Disponível para download aqui )

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