13 de abril de 2013

Mitologia Romana



Um apanhado geral sore as principais divindades.



BACO


Filho de Júpiter e Semele é o Deus do vinho e do delírio místico resultante da bebedeira, aquele que liberta as inibições humanas.
Conta o mito que nasceu na ilha de Naxos, sendo levado até as ninfas por Mercúrio, para que estas o alimentassem. Assim que adulto, aprendeu com Sileno o cultivo das videiras, bem como com as Musas a dança e a música.
Em sua vida teve diversas aventuras e perigos, seja quando enfrentou os Gigantes que tentavam conquistar a morada dos Deuses, os quais enfrentou na forma de um feroz Leão; até sua peregrinação pelo deserto da Líbia, quando se viu acuado e desorientado, clamando à Júpiter por ajuda, o qual lhe mandou um carneiro que o guiou até uma fonte de água para matar a sede.
De volta a Grécia, desposou Ariadna, filha do rei de Creta Minos, a qual teria sido abandonada por Teseo na mesma ilha do nascimento do Deus.
Além de toda fama de ser um Deus de diversões e libertinagens, Baco também possui um lado negro, o qual puniu exemplarmente todos os que lhe negavam o reconhecimento como um Deus.
Baco é representado como um jovem de aparência saudável, sempre corado pela ingestão do vinho, adornado com folhas de videira/hera/cipó na cabeça, segurando em uma das mãos cachos frondosos de uva, e na outra uma taça ricamente adornada.

CERES

Filha de Saturno e Ops, representa a deidade dos frutos e da terra cultivada – agricultura – que juntamente a Baco, viajou pela Terra ensinando os homens a arte de cultivar e colher da terra.
Com um mortal de nome Iásio teve Pluto, Deus das riquezas, e com Júpiter teve duas filhas, Ferefate e Proserpina, a qual foi raptada por Plutão enquanto colhia flores, deixando Ceres inconsolável, o que a levou a uma caminhada sem fim pelos quatro cantos do mundo atrás de sua filha, carregando nas mãos uma tocha acesa no vulcão Etna.
Cansada de tanto andar, tomou asilo na corte de Celeo, que foi retribuído pela hospitalidade com a dádiva da agricultura. Partindo novamente, Ceres se dirigiu a Lícia, onde irada com os camponeses da localidade por ter sujado as águas do lago que iria beber, os transformou em rãs.
Depois de quase ter perdido todas as forças, ficou sabendo pela Ninfa Aretusa, que sua filha se tornara a esposa de Plutão, obrigada a permanecer no submundo. Assim, clamou a Júpiter que resgatasse sua filha.
Mercúrio, incumbido do resgate de Proserpina, desceu ao inferno, porém não retornou com a Deusa sequestrada, pois esta teria comido um grão de romã, o que a tornou ligada para sempre ao inferno. Para consolar Ceres, ficou estabelecido que sua filha ficariaa metade do ano com o marido, uma época em que a terra adormece, e a outra metade com a Mãe, época de colheita e vida da terra.
É representada como uma mulher madura, de cabelos longos, em pose de caminhada, com vestes longas, de luto no inverno e outono e irradiante na primavera e verão.

DIANA 

Filha Júpiter e Latona, irmã gêmea de Febo, fica conhecida como uma Deusa da Lua, da caça e da Castidade, tendo em seu grupo de seguidoras 60 Oceânidas e 20 Ninfa – bem como a temida matilha de lobos – que como a Deusa renunciaram ao casamento e fizeram votos de castidade.
Uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo era o Templo de Diana em Éfeso, composto por 127 colunas de mármore de 20 metros de altura cada uma. Duzentos anos mais tarde foi destruído por um grande incêndio.
Conta o mito romano que o conjunto de todos os planetas representa a Alma, porém a Lua – símbolo da Deusa Diana - a representa por excelência, ligando a divindade a assuntos referentes aos mistérios da vida.
Diana aparece representada por uma jovem que aparenta ser indomável, porém serena, acompanhada por um cervo ou lobos, com o arco e flecha nas mãos.

FEBO

Filho Júpiter e Latona, irmão gêmeo de Diana, Deus do Sol, da Verdade, da Música e da Profecia, associado a termos filosóficos como "Conhece a ti mesmo" e "Nada em excesso". Comandante da Musas e os Oráculos, presidia toda Cura e Purificação.
Seu nome tem raízes em fos – grego – “luz” e bios – grego – “vida”, Luz da Vida, daí veio sua ligação com o Sol.
Logo após seu nascimento, Febo matou a serpente Píton em Delfos, lugar onde foi construído um dos seus mais incríveis e majestosos templos.
Entre seus tantos filhos, o seu mais querido e também o mais conhecido é o deus da medicina Esculápio.
É representado com raios luminosos ao redor da cabeça, montado em uma espécie de biga puxada por quatro cavalos brancos, com a qual percorre os céus levando a Luz da Vida.

JUNO



Filha de Saturno e Ops, esposa de Júpiter, Deusa patrona das mulheres, protetora do casamento e dos filhos.
Juno também é o nome de um asteroide que na astrologia relaciona-se a assuntos conjugais e relacionamentos amorosos.
Juno e Júpiter tiveram 4 filhos, Lucina, Deusa dos partos e gestantes, Juventa, Deusa da juventude, Marte, Deus da guerra e Vulcano, Deus do fogo e da forja em metais (que teria ficado coxo por ser feio e pois isso foi atirado dos céus por sua mãe)
Juno é uma Deusa muito orgulhosa, e por isso coleciona várias rivais, entre elas Calisto, que por sua beleza incomparável despertou em Juno a inveja, transformando a moça em uma ursa, que mais tarde foi transformada em constelação – Ursa Maior – juntamente com seu filho Arcas – Ursa Menor –, um exímio caçador que quase apunhalou a própria mãe – em forma de urso – quando esta tentava abraçá-lo.
O pavão é a ave símbolo da Deusa, e conta o mito que sua calda possui olhos por causa de Argos, um mostro dom mais de 100 olhos que foi incumbido pela própria Juno de guardar Io, uma das conquistas de Júpiter, transformada em novilha. Júpiter sabendo da punição de Io, mandou Mercúrio matar Argos – contou-lhe diversas histórias e cantou-lhe tantas músicas que o monstro adormeceu e fechou todos os olhos – cortando-lhe a cabeça.
Juno entristecida pela morte de seu mais querido e fiel monstro recolheu todos seus olhos e os colocou na cauda de seu pavão, onde permaneceu até os dias atuais.
O nome Juno significa protetora, reconciliação, comprometimento, amores legítimos, casamento, fecundidade, fidelidade, monogamia, parceria e igualdade.
Representada por uma mulher de beleza familiar, com ares de imponente, coroada ricamente, vezes em sentada em um trono, vezes em pé. O mês de junho tem este nome em homenagem a Deusa Juno.

JÚPITER


Filho de Saturno e Ops, é o grande protetor de Roma, senhor dos céus, da chuva, dos raios e Supremo Rei dos Deuses.
Recebe esse nome em referencia ao planeta Júpiter, que é o maior de todos os planetas em tamanho em massa, ressaltando assim a grandeza e majestade do Deus Supremo.
Seu pai Saturno herdou o reinado do universo de Titã, com a condição de que não tivesse herdeiros homens, pois isso seria sua destruição, ou se os tivesse os devorasse.
Ops, Deusa da Oportunidade sofria imensamente a cada filho seu devorado por seu marido, grávida de Júpiter fugiu para ilha de Creta para dar a luz. Porém Saturno descobriu e exigiu a criança para devorá-la, sendo enganado pela Deusa que lhe entregou uma pedra embrulhada em panos.
Júpiter já adulto dirigiu-se a Saturno para que fosse reconhecido como seu filho, o que chegou ao conhecimento de Titã, que reconheceu a quebra da condição por parte de Saturno, empossando assim Júpiter como Rei dos Deuses.
Feito senhor absoluto do mundo, assumiu o reino dos Céus, deu os mares a Netuno e os Infernos a Plutão.
Já quanto aos amores e filhos do Rei dos Deuses, há uma lista de grandes nomes divinos e heróis herdeiros da divindade: Marte, Minerva, Vênus (filhos de imortais), Baco (filho da mortal Seleme) Minos, Radamante e Sarpedion (filhos da princesa Europa) Hércules (filho de Alcmena).
Representado como um homem forte, de cabelos e barba longa e branca, majestoso e portador do raio primordial.

MARTE 

É pai de Rômulo, fundador de Roma, consagrado Deus das colheitas e da guerra.
Conta o mito que Juno enciumada por ter Júpiter “criado” Minerva em seu crânio, tentou a Deusa copiar tal façanha criando um filho sem o concurso de qualquer hme, seja mortal ou divino. Saiu então em busca da solução para tal façanha, o que lhe causou muita fadiga, abrigando-se no templo da Deusa Flora para repousar.
Assim, curiosa pelo motivo da viagem, a Deusa Flora perguntou a Juno o que estava procurando. Ao saber do desejo de Juno, Flora lhe deu uma magnífica flor, a qual engravidaria qualquer mulher que a tocasse.
Com o nascimento de Marte, Juno lhe entregou aos Dáctilos – exímios guerreiros -, que o treinaram, tornando-se um guerreiro astucioso e mestre dos combates.
Marte teve inúmeras amantes, porém uma delas se destacava, Vênus, esposa de Vulcano, com quem teve 2 filhos, Cupido e Harmonia – esta última mortal.
Os Romanos lhe prestavam honrarias e diversos cultos, considerando-o um Deus Nacional por ser pai de Rômulo e Remo – ligados à fundação de Roma.
Aparece representado como um jovem se aparência feroz, armado com uma lança, um escudo e um capacete.

MERCÚRIO

Filho de Júpiter e da Atlântida Maia, é o Deus do comércio, das estradas, da eloquência e principalmente o mensageiro dos deuses
Recebeu esse nome por ser o mais rápido entre os deuses, bem como a relação na astrologia, pois Mercúrio é o planeta mais rápido de todos, completando uma revolução – volta completa em torno do sol – em aproximadamente 88 dias.
Frente a todas as atribuições divinas, Mercúrio era o que mais as detinha, sendo o intérprete e ministro fiel de todos os demais Deuses, sobretudo de Júpiter; conduzia aos infernos as almas dos mortos, bem como as trazia de volta quando necessário.
Conta o mito que logo depois de nascido, Mercúrio teria saltado do berço e fugido da caverna onde estava e, ao encontrar uma tartaruga a matou e com o casco fez sua famosa lira. 
Entre suas peripécias quando pequeno, uma das mais famosas foi o roubo de 50 novilhos de Febo, que usou a artimanha de colocar panos nos pés e voltar de costas pelo mesmo caminho que tinha feito, pisando nas mesmas pegadas.
Assim que foi descoberto, foi levado a presença de Júpiter pelo próprio Febo, confessando o roubo e revelando onde escondeu os animais, bem como começou a tocar sua lira para acalmar a fúria de Febo, que ficou extasiado pelo instrumento, impondo uma barganha: ficava com a Lira e entregava o seu Caduceu.
É representado por um jovem de estatura menor – comparado com os demais Deuses – portando o Caduceu em uma das mãos, com um chapéu e sandálias aladas.

MINERVA 

Filha de Júpiter, tirada já adulta de seu crânio, parte integrante das 3 Deusas virgens: Minerva, Diana e Vesta, é a Deusa dos artistas e da inteligência, protetora da indústria.
Aponta o mito que ela seria a inventora da Flauta, hábil instrumentista, porém a rejeitou quando percebeu o quanto desfigurado ficava seu rosto ao encher as bochechas de ar para tocá-la.
Os romanos atribuem a Minerva o conceito de misericórdia, o domínio da Lei, a Prudência e Sabedoria, bem como de toda estratégia, seja na urbanidade ou nas artes bélicas.
Minerva e Netuno disputaram entre si quem seria o patrono da nova cidade que o rei Cécrope havia mandado construir em Ática, cabendo a honrria àquele que fizesse algo de maior beleza e significado. Assim Minerva golpeou a terra com sua lança, fazendo nascer ali uma Oliveira em flor, já Netuno brandiu seu tridente sobre a terra e fez surgir um Cavalo Alado. Os Deuses que presidiram a disputa decidiram por Minerva, pois a Oliveira em Flor era o símbolo da Paz.
Minerva é representada como uma mulher jovem, muito bela, com um capacete na cabeça, escudo em uma das mãos e uma lança na outra, bem como algumas vezes com uma Coruja em um dos ombros.

NETUNO 

Filho de Saturno e Ops, irmão de Júpiter e Plutão, que logo ao nascer foi engolido pelo pai, e vomitado logo após graças a uma beberagem que Métis deu a seu pai.
Recebeu esse nome em correlação ao planeta Netuno, possuidor de uma cor azul belíssima, bem como em referencia ao seu reino, visto que é o Deus do Mar.
Netuno aparece representado como um homem forte, com barba e cabelos compridos, sem muita suntuosidade, portando um Tridente nas mãos, em pé sobre uma biga puxada por seus inseparáveis cavalos.
Por ser responsável desde as mais terríveis tormentas e tempestades até as ondas mais pacíficas, infunde mais temor do que admiração, com cultos quase exclusivos dos navegantes e homens do mar.
Aponta o mito que Netuno é o Deus que sustenta o planeta em que vivemos, pois o oceano rodeia a Terra e a suporta firmemente, criando as encostas, praias e baías.
Diferentemente de seu correspondente grego Poseidon, Netuno não possui grande numero de fatos históricos registrados, apenas algumas lendas que apontam seus ladeados como tritões, sereias e ninfas da água.
Netuno teve diversos casos amorosos, porém a principal esposa foi Anfitrite, uma Nereida que lhe deu como filho os tritões, monstros marinhos com rostos humanos barbados e com caudas como a dos golfinhos. 
Com Toosa teve Polifemo, com a Medusa teve Pegaso e Crisaor e com Clito teve Atlas.

PLUTÃO 

Filho de Saturno e Ops, irmão de Júpiter e Netuno, Deus dos Infernos.
Associado ao planeta plutão, o mais obscuro e distante do sol de todos, aquele em constante escuridão. Daí veio o mito de seu grande poder de invisibilidade.
Temido pelos seus súditos, odiado pelos mortais, ficou renegado ao mundo dos mortos por ordem de seu irmão o soberano do Universo Júpiter.
Casado com Proserpina, filha de Ceres, a qual raptou levando-a para os infernos, onde a fez comer um bago de romã, prendendo-a eternamente ao submundo, pra onde volta sempre depois de passar uma temporada do ano com a mãe.
Representado por um homem de feições duras, meia idade, barcas e cabelos longos e escuros, vestido pesadamente com túnicas negras e grossas, ladeado por Cérbero – cão infernal de 3 cabeças – ou por uma de suas criaturas infernais, na cabeça seu famoso capacete que lhe da a capacidade da invisibilidade.

VÊNUS

Filha de Júpiter e Dione, Deusa do Amor, da beleza, da pureza feminina.
Recebe esse nome em referência ao planeta Vênus, que é o objeto mais brilhante e belo no céu noturno.
No século II foi associada à Afrodite da mitologia grega, visto que as características e lendas seguiam sem grande diferença, relacionadas ao amor, beleza, desejo e fertilidade, que desempenharam papel crucial em muitas festas e mitologias religiosas dos dois povos.
Foi casada contra sua vontade com Vulcano, e por essa razão cometia adultério constantemente com Marte – com quem teve Cupido -, até o momento em que foram pegos pelo próprio Vulcano no leito do casal. Também casou-se com Anquises, um príncipe troiano, com quem teve Eneias.
Todas as festas onde se serviam o prazer e o divertimento como prato principal eram dedicadas a Vênus, que se fazia presente acompanhada das Três Graças.
É representada por uma jovem incrivelmente bela, de cabelos longos e avermelhados, vezes nua, vezes com uma túnica leve que deixa um de seis seios a mostra.

VULCANO

Filho de Júpiter e Juno – em algumas partes do mito é dito como filho apenas de Juno – Deus do fogo e dos metais, que com o auxílio dos Cíclopes havia forjado o raio primordial de Júpiter.
Parte do mito da conta que Vulcano teria nascido deformado, e por esse motivo Júpiter o jogou dos céus e ao chegar a terra quebrou uma perna, ficando coxo para sempre, outra versão diz que foi jogado dos céus pela mãe por ter aparência desagradável.
Habilidoso manufatureiro, foi o responsável pela criação do Raio de Júpiter, do Capacete de Plutão e do Tridente de Netuno, ensinou aos homens a arte da forja.
Recebeu do próprio Júpiter a Deusa Vênus em casamento, porém não conseguiu desfrutar do matrimonio, visto as constantes traições de sua esposa. Quando soube das traições, armou uma armadilha em que criou uma malha de fio tão fino que chegava a ser invisível, porém muito resistente, e estendeu na cama, prendendo os amantes. Assim que os aprisionou, levou-os perante todos os Deuses para envergonhá-los. 
É representado como um homem de idade mais avançada, deformado e coxo, porém forte e habilidoso ferreiro.

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