20 de dezembro de 2012

O Motivo da Perseguição dos Pagãos


Os primeiro relatos sobre a efetiva proibição dos cultos pagãos datam aproximadamente do ano 392, no Império Romano, quando a aristocracia pagã tentou apresentar um pretendente à chefia do Império. 

A igreja se viu acuada frente à possibilidade de ter novamente um governante pagão para o império. Dessa maneira, por volta de 435 as medidas contra o paganismo, que já existiam, foram robustecidas, acrescentando às diversas penalidades, a pena de morte para quem continuasse a fazer rituais pagãos. 

O cristianismo apresentou dificuldades com as invasões aos seus territórios por tribos bárbaras por volta do século V, as quais tiveram maioria dos invasores pagãos, mas houve uma grande virada quando os Francos (formavam uma das grandes tribos germânicas que adentraram o espaço do Império Romano) se converteram ao cristianismo. 

Com a maciça conversão de vários povos, entre eles tribos consideráveis de anglo-saxônicos por volta do ano 680, o cristianismo passou a dominar quase por completo o espaço cultural da Europa ocidental, porém, entre os habitantes do campo e os mais humildes da sociedade o paganismo continuou a ser praticado, porém de uma forma mais discreta. 

Frente à dificuldade de se acabar definitivamente com o paganismo, os sacerdotes cristãos passaram a “cristianizar” muitas festas pagãs, dando-lhes um novo sentido, transformando cultos originalmente pagãos em festas e feriados cristãos. 

Os camponeses começaram a aceitar a religião que falava de Jesus, um homem que havia sido pregado na cruz pelos romanos, pois ele lembrava o Deus Odin que havia se pendurado em uma árvore para adquirir a sabedoria das Runas, nessa linha de ação, com o passar do tempo, os pagãos passaram a associar Maria à Mãe Terra. 

No final do século XIV, a perseguição aos "hereges" assumiu também a forma de perseguição a cultos e práticas pagãs, o que, durante quase 400 anos, ocasionou a morte de centenas, acusados de prática de bruxaria, época conhecida como "Caça as bruxas". 

Desde finais do século VII e até a Revolução Francesa, o paganismo não se apresentava nos campos intelectuais e políticos do ocidente, porém mantinha-se na arte, literatura, sociedades secretas, alquimia, astrologia, entre outras. 

Intolerância religiosa é o termo mais correto para descrever a atitude mental caracterizada pela total falta de “habilidade” (vontade) de “reconhecer” (aceitar) e respeitar diferenças entre as crenças religiosas de outros. 

Assim, conclui-se que, levado por uma total intolerância ao diferente, e a falta de respeito à vida humana, o cristianismo primordial viu-se constrangido, envolto de crenças baseadas na vivencia sazonal dos primeiros humanos do mundo, tramou contra a fé do povo, implantando medo, demonizando suas deidades, castigando os “hereges” com prisões ilegais, espancamentos, torturas, execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis, confisco de bens e destruição de propriedades, incitamento ao ódio, entre outras coisas as cruéis fogueiras “santas”.

Um comentário :

Anônimo disse...

Excelente artigo. E pensar que ainda há cristãos e monoteístas que negam que tudo isso ocorreu; são grandes vigaristas.